Acabei de ver Flores da Guerra, de Zhang Yimou, e no calor da emoção, digo que é um dos filmes mais bonitos que já ví. Em 1937, quando as tropas do exercito japonês invadem e dominam a cidade chinesa de Nanquim, todo tipo de atrocidade é cometida, inclusive estupro de menores, resultando em mais de 200 mil mortos. Neste ambiente, o diretor foca sua lente num episódio em que o agente funerário estadunidense de caráter duvidoso John Miller (Christian Bale) encontra-se confinado numa igreja com jovens e virginais estudantes de um convento e um grupo de prostitutas. O objetivo de todos é fugir dali, e para isso terão também que superar os conflitos pessoais. A narrativa densa, inventiva e poética, nos deixa absortos até o último fotograma. As imagens são de grande plasticidade, o que não é surpreendente quando se trata do realizador de Herói, O Clã das Adagas Voadoras e A Maldição da Flor Dourada. Até Christian Bale, ator que nunca encantou, está bem. Aliás, muito bem, assim como todos os coadjuvantes. Como de costume ( já aconteceu com Gong Li, Zhang Ziyi e mais recentemente com Dongyu Zhou, Yimou lança mais uma atriz fenomenal: Ni Ni, como a prostituta Yu Mo. Também tem presença marcante o garoto Huang Tianyuan, como George, que rouba todas as cenas em que aparece. Zhang Yimou, ao contrário do que dizem alguns críticos de cinema, está cada vez melhor.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
CINEFILIA
Flores da Guerra
Acabei de ver Flores da Guerra, de Zhang Yimou, e no calor da emoção, digo que é um dos filmes mais bonitos que já ví. Em 1937, quando as tropas do exercito japonês invadem e dominam a cidade chinesa de Nanquim, todo tipo de atrocidade é cometida, inclusive estupro de menores, resultando em mais de 200 mil mortos. Neste ambiente, o diretor foca sua lente num episódio em que o agente funerário estadunidense de caráter duvidoso John Miller (Christian Bale) encontra-se confinado numa igreja com jovens e virginais estudantes de um convento e um grupo de prostitutas. O objetivo de todos é fugir dali, e para isso terão também que superar os conflitos pessoais. A narrativa densa, inventiva e poética, nos deixa absortos até o último fotograma. As imagens são de grande plasticidade, o que não é surpreendente quando se trata do realizador de Herói, O Clã das Adagas Voadoras e A Maldição da Flor Dourada. Até Christian Bale, ator que nunca encantou, está bem. Aliás, muito bem, assim como todos os coadjuvantes. Como de costume ( já aconteceu com Gong Li, Zhang Ziyi e mais recentemente com Dongyu Zhou, Yimou lança mais uma atriz fenomenal: Ni Ni, como a prostituta Yu Mo. Também tem presença marcante o garoto Huang Tianyuan, como George, que rouba todas as cenas em que aparece. Zhang Yimou, ao contrário do que dizem alguns críticos de cinema, está cada vez melhor.
Acabei de ver Flores da Guerra, de Zhang Yimou, e no calor da emoção, digo que é um dos filmes mais bonitos que já ví. Em 1937, quando as tropas do exercito japonês invadem e dominam a cidade chinesa de Nanquim, todo tipo de atrocidade é cometida, inclusive estupro de menores, resultando em mais de 200 mil mortos. Neste ambiente, o diretor foca sua lente num episódio em que o agente funerário estadunidense de caráter duvidoso John Miller (Christian Bale) encontra-se confinado numa igreja com jovens e virginais estudantes de um convento e um grupo de prostitutas. O objetivo de todos é fugir dali, e para isso terão também que superar os conflitos pessoais. A narrativa densa, inventiva e poética, nos deixa absortos até o último fotograma. As imagens são de grande plasticidade, o que não é surpreendente quando se trata do realizador de Herói, O Clã das Adagas Voadoras e A Maldição da Flor Dourada. Até Christian Bale, ator que nunca encantou, está bem. Aliás, muito bem, assim como todos os coadjuvantes. Como de costume ( já aconteceu com Gong Li, Zhang Ziyi e mais recentemente com Dongyu Zhou, Yimou lança mais uma atriz fenomenal: Ni Ni, como a prostituta Yu Mo. Também tem presença marcante o garoto Huang Tianyuan, como George, que rouba todas as cenas em que aparece. Zhang Yimou, ao contrário do que dizem alguns críticos de cinema, está cada vez melhor.
terça-feira, 1 de maio de 2012
VISUALIDADES
Peter Fischli e David Weiss
Perda
Morreu David Weiss, artista suiço que formava com Peter Fischli a famosa dupla Fischli & Weiss. Tinha 66 anos e lutava contra um câncer desde setembro último. Herdeiros de Duchamp (os trabalhos da dupla recontextualizavam objetos cotidianos), tornaram-se notáveis, sobretudo, na produção de vídeos, embora tenham expressiva atuação na escultura e na instalação. Em 2003 ganharam Leão de Ouro na Bienal de Veneza (prêmio máximo da arte mundial). Seu vídeo mais famoso é The Way Things Go (1986-1987) no qual arquitetam ciclo de ações sequenciais imprevisíveis, físicas e sonoras, espécie de efeito dominó com objetos encontrados num velho galpão (cenário da ação), que dura 30 minutos sem cortes. Este vídeo foi apresentado no MAC Dragão do Mar em 2010, como parte da mostra De Picasso a Gary Hill, da qual fui curador juntamente com Roberto Galvão.
Trecho do vídeo The Way Things Go, de Fischli &Weiss
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